O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), é um transtorno Neurocomportamental, levando a distração, impulsividade, quadros de ansiedade, déficit de atenção e excesso de atividades motoras, diagnostico comum na infância, podendo chegar à idade adulta em alguns casos. Atender crianças com deficiências nutricionais é algo comum nesse transtorno, devido a seletividade alimentar que é muito comum na infância, ocasionando uma ingestão insuficiente de nutrientes, causando deficiência de vitaminas e minerais, trazendo um impacto direto no crescimento e desenvolvimento das crianças. Com acompanhamento nutricional adequado, teremos benefícios como: melhora no desenvolvimento e crescimento, além disso melhoras na resposta cognitiva e na evolução neural.
Intervenções multidisciplinares, são de estrema importância para o tratamento do TDAH, nessa perspectiva a nutrição pode atuar como adjunto no tratamento, em estudos foram comprovados a necessidade de acompanhamento nutricional onde um terço das crianças apresentaram deficiências no estado nutricional, devido uso de medicamento e uma alimentação baixa em frutas, verduras e alta em alimentos ultraprocessados, falta de atividade física e uso excessivo de telas e jogos de vídeo game.
Uma alimentação saudável influencia de forma positiva no desempenho escolar, principalmente em crianças com TDAH, inclua alimentos ricos em proteínas, vegetais, frutas, leguminosas, são alimentos que possuem um papel importante para as funções cognitivas, entre elas, atenção e memoria, linguagem, alimentos como feijão, vegetais, frutas, arroz integral e proteínas fornecem nutrientes necessários para o funcionamento do cérebro e do corpo, auxiliando assim no equilíbrio hormonal das crianças.
Restrições alimentícias para TDAH
Alguns alimentos podem causar efeitos contrários no TDAH, elevando o nível de inquietação, alimentos como trigo e laticínios, podem desencadear inflamação intestinal, deixando-as mais inquietas e dispersas, a exclusão desses alimentos deve ser feita com base na avaliação nutricional de forma individualizada. A dieta sem glúten e sem caseína é uma estratégia nutricional utilizada com o objetivo de melhorar as funções gastrointestinais dos pacientes com TEA, TDAH, além de reduzir a ação dos peptídeos opioides tanto a nível gastrointestinal, como no SNC. Cabe ressaltar que essa estratégia é inicial e deve ser bem indicada e monitorada pelo profissional Nutricionista que tenha conhecimento aprofundado no assunto.
SUBSTITUINDO OS LÁCTEOS
Utilize bebida vegetal à base de: Arroz, coco, amêndoas, castanhas, inhame, leite de frango…
SUBSTITUINDO O GLÚTEN
Utilize farinha de: Arroz, coco, linhaça, amêndoas, castanhas, polvilho, trigo sarraceno, painço, flocos de quinoa, cuscuz de milho, cuscuz de arroz, grão-de-bico…
SUGESTÃO DE ALIMENTOS
Bebida vegetal batida com fruta, fruta in natura, bolo, torrada ou pão sem glúten e sem lácteos, tapioca, crepioca, cuscuz, biscoito de polvilho, panqueca com fruta na massa, sucos naturais, ovo, mingau feito com fruta e bebida vegetal, creme de fruta, geleia sem açúcar, pasta de grão-de-bico, maionese caseira ou vegana, “manteiga” vegetal…
Arroz, tubérculos ou macarrão sem glúten, feijão, grão-de-bico, lentilha ou ervilha, proteína animal de fácil digestão (boi, porco, peixe, frango e ovo), vegetais crus, vegetais cozidos…
Alimentos que não são recomendados para crianças com TDAH
Edna Claudia Carvalho
Nutricionista Clínica CRN 20788
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