O déficit de atenção pode causar muitos problemas no dia a dia. Saiba do que se trata esse transtorno!
Vamos fazer um exercício: você está na escola, estudando a matéria que menos gosta. Caso já tenha se formado, tente lembrar dessa situação. Não importa o quanto o professor fale, é difícil manter a concentração o tempo inteiro. Temos aqui um problema de atenção. Parece algo comum, não é mesmo? É complicado reter o interesse em algo que não é apelativo para nós. A aula acaba e tudo volta ao normal, certo?
Pessoas com déficit de atenção, entretanto, precisam lidar com essas questões constantemente. Não existe “voltar ao normal”, afinal, aquele é o mundo que ela conhece e permanece sempre assim. Já é possível pensar que não é tão fácil lidar com isso, pois é uma questão que prejudica o funcionamento pessoal, social, acadêmico e profissional do indivíduo.
Então, o desvio de atenção pode ser algo mais grave do que uma simples falta de concentração. Aprender sobre o que se trata e as suas variáveis é fundamental para garantir o melhor trato no cotidiano.
A síndrome de atenção é conhecida como transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH). A condição apresenta o CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) de F 90.0.
De acordo com o Manual MSD, o “transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é uma síndrome de desatenção, hiperatividade e impulsividade”. Além disso, é considerado como um distúrbio de neurodesenvolvimento.
“Distúrbios de neurodesenvolvimento são condições neurológicas que aparecem precocemente na infância, geralmente antes da idade escolar (…) e podem envolver distúrbios de atenção, memória, percepção, linguagem, solução de problemas ou interação social”, complementa.
Ainda, o TDAH pode ser dividido em três tipos: os que são predominantemente desatentos, hiperativo/impulsivos e combinados. Em relação ao distúrbio de atenção, trata-se somente do primeiro deles.
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Não é possível determinar ao certo qual a causa da condição. Apesar disso, já existem alguns estudos que indicam alguns fatores possíveis que podem levar ao transtorno de atenção.
O componente genético aparece como uma das possibilidades. A hereditariedade dos genes até pode não ser o responsável em si, mas cria maior predisposição para o desenvolvimento na pessoa.
Ademais, também pode ser resultado de um componente biológico. Como se trata de um distúrbio de neurodesenvolvimento, é possível que o déficit seja consequência de um desequilíbrio ou deficiência química de alguns neurotransmissores.
Conhecer os sintomas de déficit de atenção é fundamental. A partir disso, será possível reconhecer padrões e procurar ajuda profissional o quanto antes. Isso é muito importante para o problema em questão, pois muitas vezes não é reconhecido como uma condição médica.
Confira abaixo quais os sintomas de déficit de atenção:
– Não prestar atenção aos detalhes;
– Perder objetos com frequência;
– Distrair-se com facilidade;
– Ter dificuldade em manter a concentração nas tarefas;
– Cometer erros por descuido nas atividades;
– Parecer disperso quando abordado;
– Não conseguir acompanhar instruções;
– Ter dificuldade de organização.
O diagnóstico do transtorno do déficit de atenção é clínico. Nesse sentido, os sintomas geralmente aparecem antes dos sete anos. É importante que os sinais estejam presentes por, no mínimo, seis meses, e em ambientes diferentes (casa e escola, por exemplo). Ainda, a condição deve ser responsável por mudanças nítidas no comportamento da pessoa em questão.
Sobre o assunto, o Manual MSD comenta que “a avaliação médica tem por foco a identificação de condições que possam contribuir potencialmente e sejam tratáveis, ou identificar sinais e sintomas que possam piorar”.
Além disso, será necessário pesquisar diversas áreas distintas relacionadas ao indivíduo. “A avaliação deve incluir pesquisar o histórico de exposição pré-natal (p. ex., drogas, álcool, tabaco), complicações ou infecções perinatais, infecções do SNC, traumatismo cranioencefálico, doença cardíaca, respiração durante o sono, falta de apetite e/ou alimentação seletiva e histórico familiar de TDAH”, completa.
E o déficit de atenção tem solução? Sim, porém, não é possível em falar de cura. Trata-se de um estado constante para a pessoa que sofre com ela. Nesse sentido, eliminar o que está afetando a pessoa é complicado, já que influem condições genéticas e biológicas.
Entretanto, o indivíduo não precisa conviver com as manifestações do transtorno de déficit de atenção. Existem tratamentos para essa causa e que focam exatamente na remissão dos sintomas. Ou seja, a pessoa carregará essa condição, mas não sentirá os efeitos dela.
O tratamento para o distúrbio de déficit de atenção envolve psicoterapia e medicamentos. Dessa forma, é fundamental que sejam feitos concomitantemente, pois somente assim será possível minimizar os efeitos do transtorno.
A intervenção medicamentosa será responsável por interromper os ciclos de comportamentos inapropriados. Assim, atuará na alteração de certos componentes biológicos.
Já o acompanhamento psicológico focará nas questões da desatenção. O psicólogo utilizará técnicas para que a pessoa possa diminuir a incidência de eventos de falta de concentração.
Visitar o templo da alma e decifrar os próprios mistérios, emoções e sentimentos, é falar direto ao coração. É olhar para quem somos e tentar perceber o que gostaríamos de ser. É a capacidade de nos avaliar e de entender melhor os caminhos percorridos. É refletir sobre si mesmo e escolher ser você. É definir objetivos, metas, propósitos, desejos e etc.
Conhecer a si mesmo é evoluir enquanto ser humano. O autoconhecimento não tem formato definido, ou seja, não é vendido pela internet e nem se adquire na academia de ginástica. Conhecer a si dá trabalho e é uma busca inesgotável nas profundezas de nossa essência e nossa existência. Trata-se de um mergulho no entendimento dos conflitos e um eterno convite à liberdade.
Se nos debruçarmos sobre a história e a filosofia, encontraremos Sócrates apontando o autoconhecimento (o conhecimento de si) como a base de todos os outros conhecimentos sobre o mundo. Além disso, discorre que somente após abandonarmos os nossos preconceitos é que estaremos preparados para buscar o conhecimento verdadeiro.
Ao olhar para o nosso interior, isto é, para o nosso âmago transparente mais profundo, percebemos a reflexão. Dessa forma, nos damos conta de uma verdade interna que é intemporal e universal, além de ser necessária à sua descoberta. Somente assim, nos permitimos pensar e questionar.
Presenciamos um momento de mundo em que o ser humano está cada vez mais voltado para o consumo, a aparência, o imediatismo e o individualismo. Nesse contexto, pensar, refletir, questionar e duvidar, nos mostra qual papel queremos ter no mundo.
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Então, qual o sentimento da vida? Como questionar nossa mente? Nossas emoções? Certezas e incertezas? Nossas qualidades e defeitos? Bem, conhecer a si é superar os limites para conseguir realizar um mergulho no nosso eu interno e encontrar sabedoria com nós mesmos.
O segredo para se autoconhecer não está fora, mas sim, dentro do nosso eu. É preciso coragem para iniciar essa caminhada imensamente carregada de decifrações em direção ao eu real e verdadeiro. O trajeto leva ao crescimento individual e à uma mente aberta, lúcida e com senso crítico para poder exercer com liberdade as escolhas de vida.
Quando o ser humano descobre o sentido interno do existir, ele descobre a força em viver uma vida verdadeiramente humana. Para isso, precisamos vencer todas as resistências que se colocam em nosso caminho.
Essa que eu chamo de “resistência”, nada mais é do que a força de nós mesmos. Os pretextos e adiamentos que realizamos, nos boicotam na direção do autoconhecimento. Dessa forma, não deixam nada mudar ou crescer e nos tornamos refugiados de nós mesmos.
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A resistência limita, intimida e tem como finalidade acomodar e não deixar nada acontecer através do medo. A resistência suborna com situações imediatas, com o prazer a curto prazo e com a angústia de não deixar o sonho se realizar. Então, nos anulamos e não deixamos acontecer o encontro do nosso próprio significado.
Eu creio que a resistência tem que ser vencida. Sendo assim, o medo não pode limitar e acuar a vida para trás, mas sim, nos fazer sentir encorajados. Ao colocar a resistência e medo a nosso favor, conseguimos nos impulsionar e autoconhecer. Dessa forma, é possível construir e reconstruir a nós mesmos nos ciclos da vida.
Às vezes, temos dificuldade em entender o que a vida quer nos dizer. Porém, não é preciso passar por problemas ou estar num momento de crise para alcançar o aprendizado. Busque se auto conhecer, evolua, cresça internamente e isso se refletirá, com certeza, na sua vida externa e no meio em que você vive.
Vale ressaltar, que as novas descobertas e o crescimento pessoal não vão te dar imunidade para viver a vida, mas irão possibilitar uma grande força de enfrentamento e superação. É fundamental perceber essa distinção para que o autoconhecimento seja pleno.
Aliás, existem várias formas de evoluir e se auto conhecer, mas eu vou ser bastante tendenciosa, porém totalmente honesta. A boa terapia ajudará muito quem quiser caminhar em direção a si mesmo. Para tal, é importante encontrar um profissional preparado e qualificado, que seja estudioso do comportamento humano, acolhedor, empático e ético.
Bem, por mais antigo que seja o “Conhece a ti mesmo”, nunca foi tão atual se conhecer. Trata-se de uma busca única, desafiadora e interminável. O mais importante, contudo, é saber que nada, nem ninguém pode tirá-la de nós.
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